sexta-feira, 12 de abril de 2013

A NOVA ESCOLA FLAMENGA

Dos Países Baixos, esporadicamente ao longo dos tempos, têm vindo nomes que reformulam profundamente a forma como vemos a arte e o ofício: Rembrandt no século XVII, Van Gogh no século XIX e pelo que temos visto, neste século a dupla Studio Job. Na Feira de Milão há um roteiro obrigatório de visitas, não em função das marcas, mas em função dos artistas. Porque aqui, no caso do Senhor e da Senhora Smeets, não falamos de designers, como os temos entendido até agora, mas de artistas. Ele, Job, belga e ela Nynke, holandesa, conheceram-se enquanto estudantes na Academia de Design de Eindhoven, e cedo juntaram as vidas, os estiradores e as carreiras. Trabalham juntos desde 2000, e a sua produção é, na falta de melhor qualitativo, maneirista, na verdadeira acepção da expressão que descreve a arte do seicento: a melhor maneira que cada bom artista encontrou para se exprimir, frente ao marasmo da arte do quotidiano que tinha pela frente. Nas palavras do próprio Job: " Ao contrário da maioria, nós certamente não trilhámos pelo Modernismo. O contributo da Studio Job é termos redescoberto um caminho perdido. Conscienciosa e cuidadosamente temos posicionado as artes decorativas no século XXI. É design? Sei lá. É arte? Realmente, quero lá saber."
          O Senhor e a Senhora Smeets, foto de R. Stoops
Mr. and Mrs. Smeets, picture by R. Stoops




1. Detalhe do tapete Underworld, para a Nodus, edição limitada a 10 peças, um jogo de simetrias oníricas desde animais fantasistas até à realidade concreta, numa visão de um Bosch contemporâneo; 2. Poltrona Labyrinth, para a Moooi, um revivalismo de jardins de outros tempos em tempos em que se não pode ter o jardim, tenha a poltrona; 3. Cartaz do projecto My Nose My Stekkerdoos, para a Lensvelt, uma linha de objectos onde apontamentos específicos, como chaves ou botões surgem sobre-dimensionados e dourados; 4. Exemplo do projecto anterior, candeeiros de secretária, onde a monumentalidade característica da Studio Job desponta no on/off.

1. Detail of carpet Underworld, for Nodus, limited edition of 10 pieces, a set of dreamy symmetries since fanciful animals up to concrete reality, a vision of a contemporary Bosch 2. Armchair Labyrinth, for Moooi, a revival gardens of other times in times in which if you cannot have the garden, have the seat, 3. Poster from project My Nose My Stekkerdoos, for Lensvelt, a line of objects where specific notes such as keys or buttons appear over-sized and golden 4. Example of the previous project, desk lamps, where the monumental feature of Studio Job blunts is the on / off button.



THE NEW FLEMISH

From Netherlands, sporadically throughout the ages, come names that profoundly reshape the way we view art and craft: in the seventeenth century Rembrandt, Van Gogh in the nineteenth century and by what we have seen in this century the duo Studio Job. In Milan Fair there is a roadmap of visits required, not in terms of brands, but according to the artists degree. Because here, in the case of Mr. and Mrs. Smeets, we are not talking about designers, as we have seen so far, but of artists. He, Job, Belgian, and she, Nynke, Dutch, met while students at the Design Academy Eindhoven, and soon joined work tables, lives, and careers. Working together since 2000, their production is, for lack of better adjective, a Mannerist one, in the true sense of the term that describes the art of seicento: the best way that every good artist found to express himself, against the doldrums of everyday art that lay ahead. In the words of Job Smeets: "Unlike most, we are probably not coming from Modernism. Studio Job's  contribution is that we have rediscovered a lost path. Consciously and carefully, we are positioning decorative arts in the twenty first century. Is that design? Whatever. Is that art? Whatever, really."

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